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      PSICOSSOMÁTICA

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Atualmente não se pode mais pensar em tratar qualquer tipo de doença, sem se levar em consideração, a interação mente / corpo.

 A importância tanto da esfera biológica e físico-química, quanto dos fatores ambientais/ sociais, e a personalidade da pessoa, com os fatores psíquicos envolvidos na enfermidade.
Logo, para se trabalhar com a saúde das pessoas, a sua manutenção​
, o adoecimento, tratamentos e acompanhamentos, é preciso se ter esta visão  biopsicossocial.


Saiba mais:

MEDICINA PSICOSSOMÁTICA 

A medicina psicossomática veio se desenvolvendo ao longo de muitos anos.
Em 1818, Heinroth (clínico geral e psiquiatra), introduziu o termo psicossomático, e em 1828, o termo somatopsíquico.(Mello Filho 1992).
Heinroth levava em consideração a influência das emoções sobre o corpo, e da doença sobre o estado psíquico.
Ao longo de sua história, a medicina psicossomática recebeu grandes contribuições da:


Psicanálise:
Freud
(1900): a importância dos conflitos inconscientes, do processo de regressão, e da histeria de conversão.
Ferenczi(1910) e Groddeck(1910).
Félix Deutsch(1927), através de seus estudos, é consolidado o movimento da psicossomática, juntamente com os trabalhos de: Franz Alexander e Helen Dunbar(1936).

Psicofisiologia: demonstrando a importância do estresse no desenvolvimento / manutenção das doenças.
Cannon(1927), Wolff(1943), Hans Selye(1945), Friedman(1959), Ader(1964).

Psicossociologia e fatores culturais: fatores psicossociais como estressores ou atenuantes na doença.
Karen Horney
(1939), Margaret Mead(1947), John Cassel(1976)

Teoria Sistêmica: que é a tendência conceitual mais atual. Valoriza todos os aspectos. Os aspectos sociais, ambientais e biológicos do indivíduo. Sua história, personalidade e psiquismo.
Adolph Meyer(1958), Lipowski(1970), George Engel(1977), Herbert Weiner(1977), Leon Eisenberg(1995).

 

O QUE É TRANSTORNO PSICOSSOMÁTICO ?


Toda doença é considerada psicossomática, porque não há doença somática, livre da influência psíquica( Fenichel).
De acordo com a visão da medicina psicossomática, todas as funções vitais, incluindo a resistência às infecções, são influenciadas pelo estado emocional do organismo.
No transtorno psicossomático existem alterações orgânicas confirmadas por exames clínicos e desencadeadas por fatores emocionais e estressantes. Exs: asma, reações alérgicas, úlcera péptica, hipertensão essencial, arritmia, taquicardia, dermatites, herpes, diabetes, artrite reumatóide e outras.
É preciso se diferenciar o transtorno psicossomático do(a):

Transtorno de somatização: o paciente apresenta queixas vagas e sem representação orgânica constatada por exames.
 Preocupação com vários sintomas diferentes. 
É quando o psíquico se faz representar no orgânico. Ex: falta de ar, dores e pressão no peito, palpitações, cólicas, problemas digestivos.

Transtorno conversivo: envolve mais os órgãos dos sentidos. Limitado a um ou dois sintomas neurológicos, e não a uma série deles. Ex: perda da voz, da visão, paralisias, parestesias, formigamentos, desmaios.

Hipocondria: quando o paciente acredita, ainda que de uma forma equivocada, que tem uma doença específica, ou tem medo de contrair uma doença grave.

Transtorno dismórfico corporal: se caracteriza por uma crença falsa, ou por uma percepção exagerada de que uma parte do corpo é defeituosa.

Transtorno doloroso: sintomas de dor que são exacerbados por fatores psíquicos

No transtorno psicossomático, é comum os sintomas se limitarem a certo órgão, ou sistema de órgãos. Isto dependerá de fatores físicos, constitucionais e emocionais.
Nosso organismo pode ser afetado por estresse, conflitos inconscientes, depressão, ansiedade, raiva, hostilidade.
Por exemplo, a ansiedade pode ser substituída por sensações no aparelho digestivo, respiratório e circulatório, como no caso da neurose cardíaca.
Algumas pessoas reagem pelo estômago, outras com o coração, com o intestino ou através da pele.

 

ALTERAÇÕES NO SISTEMA GASTRINTESTINAL

 

Existe uma ligação entre ansiedade, estresse e resposta fisiológica do sistema gastrintestinal.

Úlcera péptica dor no estômago, presença de queimação, náuseas e vômitos.
O estresse pode baixar a imunidade, deixando a pessoa mais suscetível a bactéria H. pylori.
Prováveis causas psicogênicas: repressão da raiva e hostilidade, esta pessoa não consegue extravasar sua agressividade, que acaba sendo dirigida ao orgão em questão.
Necessita de proteção e dependência, ao mesmo tempo em que se apresenta como auto-suficiente e determinada.
Necessita de provisões externas: ¨fome de amor¨.

Colite ulcerativa: doença inflamatória do intestino grosso. Presença de diarréia com sangue, problemas de pele.
Estudos mostram que estes pacientes costumam apresentar traços obsessivos- compulsivos, na organização, pontualidade e higiene.
Sentem necessidade de dar presentes, como forma de compensar seus ressentimentos e hostilidade reprimidas.
Podem apresentar depressão, ansiedade, passividade e irritabilidade.

Colite espástica: propensão ao desenvolvimento de constipação ou diarréia, ou a alternância entre ambas.
Presença de ansiedade, de agressividade permanente e reprimida.

Refluxo gastroesofágico: presença de hérnia de hiato, com predomínio de azia, regurgitação e dor.
Prováveis causas psicogênicas que podem desencadear os sintomas: estresse excessivo, excesso de excitação, problemas familiares, depressão.

Doença de Crohn: é um processo inflamatório do intestino delgado e colo, podendo afetar qualquer parte do trato gastrointestinal.
 Segue um curso crônico, com períodos assintomáticos, intercalados com sintomas agudos.
Presença de diarréia, dor abdominal, febre e perda de peso.
Prováveis causas psicogênicas: foi observado, que anteriormente a doença, estes pacientes apresentavam humor deprimido crônico (distimia), ou transtorno de pânico.

 

ALTERAÇÕES NO SISTEMA CARDIOVASCULAR

 

Tanto as emoções, como o estresse, influenciam constantemente nosso sistema circulatório..
Sentimentos de raiva, de medo, tristeza profunda, rancor, assim como o estresse agudo, o estresse continuado, a ansiedade e a excitação sexual, se manifestam fisiológicamente em alterações circulatórias funcionais.
Podemos observar que na raiva e no medo, ocorre a aceleração dos batimentos cardíacos, e que acontecimentos graves, podem  precipitar o desencadeamento de extrasístoles.
Pessoas que bloqueiam inteiramente a descarga externa de suas emoções, são mais propensas à reações do sistema circulatório. Podem ter reações de desmaio, tonteiras, enrubescimento, empalidecimento.

 

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares:

  • Sedentarismo
  • Tabagismo
  • Alimentação inadequada/excessiva
  • Diabetes sem tratamento adequado
  • Colesterol elevado
  • Hipertensão
     

Outros fatores que tem influência sobre as doenças cardiovasculares, são os transtornos psiquiátricos, como a depressão e a ansiedade.
Pesquisas indicam que pacientes com doenças cardiovasculares, também apresentam alguns transtornos psiquiátricos: entre 5 a 10% apresentam transtornos de ansiedade ( ataques de pânico e fobias); entre 10 a 15% apresentam transtornos do humor ( depressão, distimia); e 15 a 20% apresentam depressão maior, pós infarto.
De outro lado, alguns transtornos psiquiátricos, podem produzir reações que se assemelham às doenças cardiovasculares, mas de fato, não são.
Cêrca de 30% dos pacientes que recorrem às emergências hospitalares com queixa de palpitações, de prejuizo das atividades diárias, preocupações hipocondríacas,  apresentam transtorno de somatização(descrito acima), transtorno de pânico, ansiedade e depressão.
Então o que fazer? Após o diagnóstico médico, se constatada a presença de doença cardiovascular, associada com algum transtorno psiquiátrico, ou não, será ministrado tratamento específico de acordo com o diagnóstico.
Caso seja diagnosticado algum transtorno psiquiátrico, sem presença de doença cardiovascular, o tratamento será com psicoterapia, e caso necessário, com medicações( psiquiatria).
Muitas vezes, o que ocorre, é o paciente sair frustrado de uma consulta, quando alguns médicos dizem: ¨Você não tem nada, seu problema é emocional¨. Ora, será que a esfera das emoções, não deve receber tratamento adequado?
Muito pelo contrário. O paciente deve receber as orientações necessárias para procurar um psicólogo(a), ou um psiquiatra.
Estamos falando sobre a importância de nosso estado emocional, seja no desenvolvimento,  ou na manutenção de alguns estados disfuncionais orgânicos.

 

Alguns dos transtornos cardiovasculares:


Prolapso da válvula mitral: presença de sensações como palpitações, agitação e pressão torácica, que também podem desencadear sensações de pânico. O prolapso da válvula mitral é detectado em 10 a 25% dos pacientes com transtorno de pânico.

Síncope vasovagal: perda súbita da consciência (desmaio), com vasodilatação e diminuição dos batimentos cardíacos. Sugere-se colocar a pessoa em pé, ou erguer suas pernas.
A ansiedade e o medo intenso, podem provocar a queda da pressão arterial e desmaio.

Hipertensão: O estresse pode alterar o equilíbrio circulatório. Algumas alterações da pressão arterial podem ocorrer por fatores constitucionais, ou mesmo por aspectos inconscientes.
 Alguns pacientes ao consultar o cardiologista apresentam elevação da pressão arterial ( chamada de síndrome do avental branco), que após o fim da consulta volta ao normal.
Quando após vários exames é confirmado o diagnóstico de hipertensão, o tratamento é iniciado com medicações e controle frequente da pressão arterial. Ela pode ser primária - Hipertensão essencial ( etiologia desconhecida), ou pode ser secundária a uma doença.
O estresse crônico, assim como sentimentos de angústia, irritação, hostilidade, podem provocar o aumento da pressão no paciente hipertenso.
Prováveis causas psicogênicas: insegurança na infância com relação aos pais, medo de abandono, hostilidade.
Quando adulto apresenta dificuldade na expressão da raiva e de seus verdadeiros sentimentos. Sua agressividade fica internalizada. Costuma ter um comportamento rebelde e hostil

 

ALTERAÇÕES NO SISTEMA RESPIRATÓRIO
 

Nosso sistema respiratório pode ser alterado por qualquer movimento corporal ou por qualquer percepção de algo novo. 
Também pequenas ou contínuas alterações psicológicas, podem alterar nossa respiração.

Asma brônquica: a asma é uma doença pulmonar crônica que apresenta episódios de crise. Os sintomas costumam piorar a noite, com falta de ar, tosse, sibilos.
O ambiente familiar e social, juntamente com a predisposição genética podem influenciar o início dos ataques e a gravidade do quadro.
Até 30% dos pacientes asmáticos podem apresentar transtorno de 
pânico ou agorafobia. Sentem medo que a falta de ar desencadeie os ataques de asma e de ansiedade.
Algumas causas psicogênicas: medo intenso, principalmente de rejeição, instabilidade emocional, falta de persistência frente a obstáculos e situações difíceis, presença de ansiedade e medo de separação, personalidade dependente, o afeto materno foi inconstante.
Os sintomas expressam um pedido de ajuda e de proteção e mostram a estreita conexão entre a angústia e a respiração.
Muitas vezes a angústia é percebida como sufocação.

Síndrome de hiperventilação: ocorre com a aceleração da respiração. A pessoa pode nem perceber esta alteração. Sente ansiedade, tontura, sufocação, vertigem, palpitações, dores, amortecimentos e formigamentos, ao redor da boca, nos dedos dos pés e das mãos, pode vir a desmaiar.
A hiperventilação pode ocorrer nos ataques de ansiedade como os ataques de 
pânico e agorafobia.

 

ALTERAÇÓES NO SISTEMA ENDÓCRINO

Tanto as alterações hormonais provocadas por uma doença, podem influenciar o estado psíquico, assim como o mesmo pode provocar alterações hormonais. É difícil a identificação do que ocorreu primeiramente.

Hipertireoidismo: é a produção excessiva do hormônio da tireóide.
Alguns sinais da doença são: taquicardia, pulso acelerado, tremor, sudorese, perda de peso, irregularidades menstruais, fraqueza, nervosismo, resposta de sobressalto, insônia, alterações do humor, agitação,  fala excessiva, diminuição da atenção e memória.

Hipotireoidismo: é a síntese inadequada do hormônio da tireóide. Pode ser manifesto ou subclínico (concentrações normais de hormônio, mas níveis elevados de TSH)..
Alguns sinais: pele e cabelos secos, comprometimento da memória, apatia, 
depressão.

Diabetes: distúrbio do metabolismo e do sistema vascular em que ocorre alterações da glicose, dos lipídeos e proteínas do corpo.
Resulta do comprometimento da secreção da insulina ou de sua ação.
Causas: hereditárias, história familiar, estresse emocional em pessoas com predisposição à doença.
Doença crônica que necessita de acompanhamento psicológico. Após o diagnóstico o paciente costuma responder com frustração, desânimo e sente-se só e desamparado.
Alguns pacientes apresentam traços compulsivos, angústia social, incoerência e indecisão.
No caso de crianças e adolescentes com diabetes do tipo 1, costuma ficar  intensificada a dependência materna, busca de atenção e passividade.
Quando estão deprimidos, os pacientes diabéticos podem comer e beber em excesso, de forma autodestrutiva. Mas com o controle da doença é possível ter uma vida normal.

 

ALTERAÇÕES NA PELE

 

A pele é o orgão mais próximo entre nosso organismo e o mundo exterior. Tem uma função de proteção, é também zona erógena  e de descarga de conflitos psíquicos.
Quando a pessoa se encontra em estado de tensão psíquica, a pele pode apresentar algumas reações que podem ser episódicas, ou se tornarem crônicas. Exemplo: rubor facial, produção excessiva de suor, dermatite atópica, coceiras.
Abaixo, algumas destas alterações:

Dermatite atópica: presença de coceira e inflamação(eczema). Pode ter início com uma erupção e coceira.
O paciente costuma apresentar sintomas de ansiedade e de depressão, o que ativa mais ainda o ato de coçar.

Psoríase: é uma doença crônica e intermitente. Presença de lesões avermelhadas com crostas esbranquiçadas.
A aparência acaba por causar sentimentos de vergonha e problemas nos relacionamentos interpessoais.
Desenvolvimento de estresse, ansiedade e depressão.
A doença também está ligada com alguns transtornos de personalidade, como o transtorno obsessivo compulsivo.

Escoriação psicogênica: aparecimento de lesões na pele causadas pelo ato repetitivo de coçar, arranhar, beliscar, tentar tirar crostinhas, apertar e tirar espinhas, etc. Aparecem mais no rosto, costas, braços e pernas.
 A finalidade  destes atos repetitivos, é o alívio da ansiedade e tensão.

Pruridos localizados: prurido anal e prurido vulvar. Este tipo de coceira, tanto pode ter causas físicas, quanto estar associada à algum transtorno psíquico.
O transtorno psíquico  pode tanto precipitar o problema, quanto mantê-lo.

Hiperidrose: excesso de suor. Aparece com mais frequència nas palmas das mãos, nas solas dos pés e nas axilas.
Pode desencadear infecções, bolhas e erupções na pele.
Pode estar ligada diretamente aos estados de tensão, de raiva e de medo.
O uso de drogas também pode desencadear a hiperidrose, ou exacerbá-la.

 

ALTERAÇÕES NO SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO

 

Podem ocorrer bloqueios de certos movimentos, presença de espasmos musculares localizados ou generalizados, dores, processo inflamatório.

Artrite reumatóide: inflamação das articulações, provocando dor musculoesquelética crônica.
Causas: hereditárias, alérgicas, imunológicas e psicológicas.
estresse pode levar ao desenvolvimento da artrite reumatóide, devido a baixa na imunidade.
Observa-se presença de 
depressão, em 20% dos casos.

LES- Lupus Eritematoso Sistêmico: é uma doença dos tecidos conjuntivos, de causa incerta.
Episódios recorrentes de inflamação destrutiva de vários órgãos: pele, rins, vasos sanguineos, articulações, sistema nervoso central.
Pode ser incapacitante e desfigurante.
Sintomas físicos: febre, fotossenssibilidade, rash (asa de borboleta), dores nas articulações, fadiga, dores de cabeça.
Sintomas psiquiátricos: depressão, perturbações do humor, psicose, delírios, alucinações.
É necessário que sejam realizados vários exames para a confirmação da doença.

Dores lombares: a pessoa pode apresentar fortes dores, restrição de movimentos, anestesias, fraqueza ou insensibilidade.
Observa-se com frequência a presença de ansiedade, medo ou pânico.
Áreas mais afetadas: a região lombar baixa, lombo sacral e sacro ilíaca, acompanhadas de dor ciática.
As causas: discos intervertebrais rompidos, fratura da coluna, defeitos congênitos, lesão muscular dos ligamentos, ou causas psicossomáticas (ansiedade excessiva) e depressão.
Além do uso de medicamentos específicos, a fisioterapia, relaxamento, acupuntura, podem ajudar.