Lilian Senger
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Se relacionam com a dependência química, na medida em que existe a busca do prazer imediato e alívio da angústia.
Adiante se observará que toda compulsão acaba levando a grandes prejuízos, sentimentos de culpa e remorso e perdas pessoais e sociais.
Alguns exemplos de compulsão:
Compulsão por comprar: compras desmedidas a ponto de se endividar.
Compulsão por comer: o indivíduo pode chegar ao ponto de passar mal de tanto comer.
Compulsão por jogos: na maioria das vezes, jogos de azar, que levam à dívidas de jogo e situações de risco.
Compulsão à Internet: o indivíduo torna esta atividade, prioridade máxima, tendo grande dificuldade em se afastar do computador. Sua vida passa a ter um grande componente virtual, se afastando de sua realidade: familiares, amigos e lazer.
Compulsão por vídeo-games: ocorre normalmente com adolescentes e adultos jovens. O jogo ocupa um lugar de vitórias e realizações, deixando as tarefas do dia-a-dia para trás. Estudos, trabalho, lazer são abandonados, familiares afastados. Horas de sono perdidas.
Compulsão por trabalho: O trabalho ocupa lugar de destaque na vida do indivíduo, deixando todas as outras atividades de lado: família, lazer, amigos
Compulsão sexual: quando a sexualidade não toma um caminho natural. Hipersexualidade Masculina, Hipersexualidade Feminina e Masturbação excessiva.
Saiba mais:
COMPULSÕES
O QUE É UMA COMPULSÃO?
COMPULSÃO: é a incapacidade de uma pessoa resistir a agir de acordo com determinado impulso ou pulsão, perigosa para si mesmo ou para outras pessoas.
As compulsões atuam de forma que a pessoa obtém prazer imediato. É o caso da compulsão sexual, comer compulsivo, comprar compulsivo, malhar compulsivo, trabalhar compulsivo, compulsão a jogos eletrônicos e Internet, a jogos de azar.
As compulsões estão classificadas dentro do Transtorno do Controle dos Impulsos, descritas no DSM IV ( Classificação Diagnóstica da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria).
A finalidade de uma compulsão é a obtenção deste prazer imediato, de fugir de um perigo, ou negar que ele existe. Um destes perigos é a perda da autoestima, a depressão.
Este prazer que se obtém apresenta-se de forma distorcida e sua índole pode ser sexual ou agressiva.
O QUE DIFERENCIA AS COMPULSÕES DOS IMPULSOS NORMAIS?
Seu caráter de irresistibilidade e repetições. No caso dos impulsos normais, é possível a pessoa resistir aos impulsos, o que não ocorre com as compulsões. Os compulsivos atuam, ao invés de pensar. Os compulsivos não toleram tensões, precisam e querem obter imediatamente, não aceitam recusas e seu comportamento faz com que interpretem a realidade de maneira equivocada.
Fazem com que, de alguma maneira, as pessoas se tornem responsáveis por não estarem dando o que precisam (redução da tensão), mas também sentem-se culpados pela forma agressiva com que provocam as pessoas.
Acham que estão sendo injustiçados e podem reagir de forma vingativa.
São dependentes de amor e de aprovação, de afeição e de prestígio, de elogios e reconhecimento.
Necessitam destas provisões externas para viver.
Reagem com violência às frustrações, às recusas. Outras vezes, reprimem a agressividadde por medo de perder amor.,
Os comportamentos compulsivos são chamados, também, de Adição sem drogas, pois, assim como a Adição às drogas, existe o caráter irresistível do estímulo, o prazer, e a necessidade de repetição, para alcançar novamente o prazer. Com o tempo, desenvolvem-se problemas, consequências graves e necessidade cada vez maior de repetir o comportamento compulsivo para obtenção de alívio da tensão.
Os impulsos patológicos e as adições com ou sem drogas são tentativas de controlar a angústia, a depressão e a culpa pela atividade impulsiva..
PSICANÁLISE
Sabe-se da importância da figura do pai e da mãe nos primeiros anos de desenvolvimento da criança. O pai e a mãe, ausentes ou inconstantes e ambivalentes, situações traumáticas na infância, assim como mudanças constantes de ambiente, ambientes instáveis, ambientes sem amor, dificultam o desenvolvimento afetivo da criança. Ela apresentará dificuldades em lidar consigo mesma, com os outros e com o mundo ao seu redor. Seu processo de individuação, também será prejudicado.
Exemplo de pais instáveis, ambivalentes na relação com o filho: pais que prometem e não cumprem, pais que dizem uma coisa e depois dizem o contrário, pais que dizem para o filho se comportar de uma maneira e agem de outra. Pais que dão e depois tomam. Assim, a criança vai aprendendo a pegar as coisas (os objetos, as pessoas, os afetos) antes que elas escapem. Aprendem a atuar e não a pensar.
Freud (1907), em Atos Obssessivos e Práticas Religiosas, atribui a compulsão à repetição, ao conteúdo recalcado inconsciente( material que fica armazenado no inconsciente) e também como defesa contra o mesmo conteúdo recalcado.
A repetição tem algo a comunicar e é preciso procurar o que ela está dizendo desta forma encoberta..
Existe uma tendência a continuar se repetindo até que alguma coisa venha a acontecer. Alguma ruptura que provoque o abandono da repetição.
Como os sintomas trazem prazer, a psicoterapia é entendida pelo compulsivo como uma ameaça à perda deste prazer.
Então, é necessário verificar se realmente a pessoa está determinada a se tratar. Se existem motivações para um tratamento Psicoterápico, se vem apresentando problemas interpessoais, problemas familiares, no casamento, no trabalho.
Se a pessoa sente-se muito mal com tudo o que vem ocorrendo o prognóstico é positivo e será dado início ao tratamento, já no caso contrário, em que a pessoa considera seu comportamento natural, aceitável socialmente e não vê motivos para mudar, difícilmente se dará inicio a um tratamento
Indicação: psicoterapia
COMPULSÕES ASSOCIADAS AOS TRANSTORNOS DE CONTROLE DOS IMPULSOS
A pessoa que apresenta este transtorno demonstra muita agressividade. Apresenta episódios de agressão contra outras pessoas, podendo ferir, causar lesões.
Psicoterapia e uso de medicações. Apoio a família (Terapia Familiar) e estabelecimento de limites.
É o roubo com finalidade de obter proteção e perdão. Chama a atenção sobre si através de uma transgressão ( o roubo). Muitas das vezes, são roubos de coisas inúteis, que vão colecionando. Ou se sentem no direito de pegar coisas muito desejadas.
Como existe também a possibilidade de ser apanhado, também tem gratificação com a punição e o perdão.
Tratamento através da psicoterapia para entender as motivações, as culpas, a necessidade de punição.
Terapia comportamental para o controle dos impulsos e desenvolvimento de novos padrões de comportamento.
Medicamentos para controle da depressão.
Excitação e impulso irresistível em incendiar alguma coisa ou lugar. A visão do fogo é excitante. Surgem impulsos sádicos com desejos de destruição do objeto para obter alívio de tensões.
Como existe a possibilidade de ser apanhado, de ser preso, tem gratificação com a punição.
Psicoterapia associada à terapia comportamental e uso de medicação.
Arrancamento compulsivo de cabelos e de pelos do corpo, podendo causar alopecia.
Quando a pessoa arranca o cabelo, a sensação é de alivio, para depois surgir novamente a agitação e a ansiedade.
Tratamento: Psicoterapia associada ao uso de medicações, antidepressivos e ansiolíticos, indicados pelo médico Psiquiatra.
OUTRAS COMPULSÕES
Necessidade compulsiva de atingir o corpo perfeito.
Para isto, a pessoa malha diariamente, durante horas, compara-se com outros e nunca está satisfeita. O espelho passa a ser um companheiro constante.
Com o objetivo de atingir este corpo perfeito, ganhar mais massa muscular, acaba utilizando uma série de vitaminas, suplementos, anabolizantes e acaba por colocar sua saude em risco, provocando danos a órgãos, ossos e músculos.
Quando se vê obrigada a diminuir a atividade física ou mesmo parar por problemas de saúde, lesões, apresenta angústia, ansiedade, podendo chegar à depressão, pois sua autoestima fica baseada no seu corpo atlético.
O uso de anabolizantes: utilizados para aumento de massa muscular e desempenho atlético, causam graves alterações hormonais, como: redução da produção de esperma, risco de infertilidade, feminilização do homem e masculinização da mulher, aumento do risco de doenças cardiovasculares, aumento da pressão arterial, irritabilidade, agressividade.
Tratamento: o mesmo das compulsões.
É a necessidade intensa de compar, sem precisar. Ao invés de comprar uma calça, uma blusa, compra dez calças, dez blusas. Muitas destas peças que adquire, jamais serão utilizadas. Após a aquisição, cessa o prazer. A compra traz alívio da ansiedade, no exato momento em que é efetuada. Depois, o objeto adquirido perde a importância e precisa-se comprar novamente.
Além da excitação e do prazer imediato, mas momentâneo, começam a surgir problemas na vida da pessoa: problemas financeiros, problemas familiares e de relacionamento.
A pessoa não consegue ir a um shopping sem comprar alguma coisa. Como o vício em jogos, que leva a pessoa a cada vez jogar mais, a compulsão a comprar leva a pessoa a comprar cada vez mais.
Tratamento: o mesmo das compulsões.
JOGO COMPULSIVO OU JOGO PATOLÓGICO
Ocorre quando a pessoa não consegue controlar o impulso de jogar.
Esta pessoa é dominada por uma excitação, uma expectativa, seja ela de sucesso ou de fracasso, ganhar ou perder.
O jogar compulsivo se associa à mesma dependência do alcoolismo e do vício em drogas. O prazer de jogar, a necessidade de repetições e de jogar cada vez mais e mais, para tentar se aliviar de tensões. Quando não pode jogar, a pessoa irrita-se, torna-se agressiva. O jogador compulsivo gosta de correr riscos, gosta de desafios, da sensação de euforia do ganhar e, se perder, jogará até obter novamente a euforia do ganhar.
Através das repetições do jogar, tem sua autoestima aumentada e o alívio das tensões, só que jogar não é só ganhar e começa a perder. Com o perder, começa a necessidade de gastar mais para tentar recuperar o que perdeu, vem as dívidas, o envolvimento de familiares com as perdas financeiras, a culpa, a vergonha. Apesar de tudo isso, o desejo de jogar é maior.
O jogar compulsivo apresenta quatro fases
1) Fase do ganho: excitação e euforia.
2) Fase da perda: aposta em quantias maiores para recuperar o que perdeu.
3) Fase do endividamento: acentuam-se os problemas familiares. Tentativas de parar de jogar, sem sucesso.
4) Fase do desespero: o jogador já esgotou todos os seus recursos financeiros e patrimoniais, envolveu família e amigos. Encontra-se completamente endividado.
Nesta fase podem surgir distúrbios do sono, transtornos alimentares, desejo de sumir, depressão e isolamento.
O jogador compulsivo progressivamente vai tendo sua vida destruída. Envolve-se em dívidas cada vez maiores, em atividades ilegais, em situações de risco, perda do emprego, perda patrimonial, rompimento de laços familiares, conjugais e afetivos.
TRATAMENTO:
É preciso que a pessoa sinta que precisa de ajuda e que queira esta ajuda. Não conseguirá sair da situação sozinha.
A psicoterapia irá trabalhar com a ansiedade do jogador compulsivo e as dificuldades internas que o ato do jogar encobre, esconde.
Serão analisadas situações de abandono na infância, hostilidade, agressividade, medos, insegurança..
Terá, também, como objetivo uma mudança comportamental, possibilitando que surjam novas possibilidades do viver com prazer, sem depender do jogar.
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Com o avanço da tecnologia, cada vez mais se tornam atraentes as redes sociais, os jogos eletrônicos, a extensão e agilidade de troca de mensagens e de informações, o uso do aparelho celular como amigo íntimo e indispensável.
E algumas pessoas acabam se tornando dependentes da Internet. Nunca saem sem seu Laptop, mesmo em passeio ou férias. Não conseguem ficar desconectadas por um dia sequer, e, quando não conseguem acessar a Internet, ficam ansiosas e irritadas.|
De um lado temos o “estar conectado” e usufruir do fantástico acesso que a Internet permite em termos profissionais, de estudos, de ampliar conhecimentos, de troca de idéias, de reduzir ditâncias entre pessoas, otimizar o trabalho, etc. Atualmente, precisamos deste acesso em várias áreas do conhecimento e setores profissionais.
De outro lado, temos o “estar conectado” virtualmente e se utilizar desta conexão para se relacionar com otras pessoas sem se expor.
Favorece aos mais tímidos que têm dificuldades de relacionamento e não gostam de muita exposição, mas também favorece pessoas que se utilizam deste meio para agir sem aparecer. Falam o querem, passam a imagem que querem, podem fingir, enganar. Criar um personagem.
É a conexão com anonimato.
A pessoa se descreve e se define como ela deseja ser, ou como ela acha que a pessoa do outro lado quer que ela seja.
Inseguranças, angústias, medos, falhas, podem ser camufladas, encobertas.
Temos também os casos de conexões virtuais que trazem resultados positivos, tanto de relacionamentos de amizades, como de namoro e casamento. Passaram do encontro virtual , ao real.
Como tudo na vida, é preciso ter bom senso. A Internet deve funcionar como um instrumento acessório, que é importante no contexto de vida atual, mas não é a solução para tudo!
O problema é quando a pessoa não pode ficar nunca sem ela, entrando madrugada a dentro, prejudicando-se no trabalho, nas relações familiares, na alimentação e no sono.
Que lugar a Internet está substituindo na vida desta pessoa?
Desde crianças, aprendemos a jogar: Jogar bola, jogos educativos ou não educativos, brincar de ser adulto e tantos outros jogos e brincadeiras que vão acompanhando o desenvolvimento da criança, e também fazem parte do processo de socialização.
Atualmente, como não poderia deixar de ser, as crianças, desde muito cedo, aprendem a lidar com o computador e costumam iniciar com joguinhos. Alguns instrutivos e educativos, outros somente para brincar. Mesmo crianças que não tem acesso ao computador, quando são apresentadas à ele, apresentam desenvoltura e facilidade para aprender. De qualquer forma, o cérebro vai sendo ativado para várias funções: Percepção, Rapidez de resposta, Raciocínio, Memória, Respostas Motoras. Na medida certa, isto é muito bom para a criança. Já quando os pais não conseguem estabelecer limites, cai-se no exagero, no excesso e deste ponto em diante, passa a ser prejudicial.
Horas de sono perdidas, num período de desenvolvimento da criança. Atrasos na escola, deixar de cumprir suas tarefas diárias, rebeldia, irritação.
Isto pode prosseguir pela adolescência afora, não só com o uso das redes sociais, mas com o jogar diário.
A adição aos jogos eletrônicos é semelhante ao jogo compulsivo. A pessoa não consegue parar de jogar. De manhã, de tarde e de noite. Pode deixar de estudar, de trabalhar, de comer, ou comer demais, de sair (com amigos ou ir à festas, ao cinema, etc), tudo com o objetivo de jogar.
Com o passar do tempo, afasta-se da família, sua prioridade é o jogo, é aquilo que a pessoa acredita controlar (as armas, os disparos, os ataques, as ações, as estratégias) e a vida real vai ficando para trás; relacionamentos, amizades, família, tudo que a cerca.
Vai a pergunta: o que os jogos estão substituindo na vida desta pessoa?
Suas compensações vêm do jogar. Se é impedida de jogar, se torna agressiva, rebelde.
O tratamento tanto da Compulsão pela Internet como aos Jogos Eletrônicos será com a Psicoterapia, buscando identificar o por que desta escolha; os conflitos que são encobertos por estas atividades, as ansiedades, depressão, agressividade.
Neste caso, a compulsão também é entendida como adição. O trabalho passa a ser a prioridade na vida desta pessoa e é usado como justificativa para faltas, ausências afetivas, não integração aos eventos familiares e a outros diferentes aspectos de sua vida.
O trabalho excessivo, exagerado é, muitas vezes, visto e aceito como necessidade de ganhos maiores, status, promoções, poder econômico e social. Ou seja, é valorizado socialmente.
Aos poucos, o trabalhador compulsivo vai percebendo que a relação conjugal está abalada, assim como as relações sociais e familiares. As pessoas à sua volta têm expectativas que não se cumprem. O tempo para conversar com os filhos, para o lazer, viajar, sair de férias, reuniões da família, casamentos, festas, participação na vida dos filhos (escola, desenvolvimento, saúde), tudo para esta pessoa é muito difícil, pois não pode deixar de trabalhar, tudo relacionado ao trabalho é sempre muito importante. Esta pessoa não conseguiu o equilíbrio necessário entre seu trabalho, sua casa, seu meio familiar e social.
Normalmente sua inteligência é superior a média, e costuma apresentar capacidade técnica e científica., mas em contrapartida fracassa em sua capacidade afetiva.
Observa-se nesta pessoa uma grande dificuldade em lidar com afetos, sejam eles positivos ou negativos. Sempre que se aproxima de questões afetivas que precisam ser resolvidas, apresenta bastante resistência, evitando estas situações que exijam algo que ele(a) não consegue fornecer.
Sua estabilidade emocional, sua segurança, a manutenção de sua autoestima é fornecida pelo trabalho. A pessoa que trabalha excessivamente vê isto como algo natural. Sente-se valorizada e reconhecida através de seu trabalho. Só percebe o exagero, quando começa a sofrer perdas, seja de relacionamentos, afastamento dos filhos e de vivências que diferem de trabalho.
São pessoas que, já na infância, buscavam o reconhecimento e aceitação materna e paterna e esta, provavelmente, foi a forma mais socialmente aceita que encontraram de se compensarem, de serem aceitos e valorizados pelos pais. - o trabalho. O trabalho excessivo traz a gratificação necessária para a manutenção da autoestima, mas o preço a pagar é alto.
Só após perdas afetivas e danos à saúde é que a pessoa percebe que abriu mão de parte de sua vida , que o tempo passou, e que agora precisará enfrentar suas reais dificuldades que ficaram camufladas pelo trabalho intenso.
A ansiedade passa a ser sua companheira constante, e com ela vem também: sensações de pânico e raiva, taquicardia, boca seca, tiques nervosos, excesso de gases, diarréia. A sexualidade costuma ser afetada por Disfunções Sexuais: Disfunção Erétil (impotência), Ejaculação Precoce, Anorgasmia,e Diminuição da libido. Na mullher ( Anorgasmia, Evitação sexual e Diminuição da libido).
A perda do trabalho, ou o afastamento dele por problemas de saúde, podem gerar frustração, decepção e desenvovimento de depressão.
A partir do momento em que haja percepção da necessidade de mudanças, é possível se iniciar, através de um acompanhamento psicoterápico, o resgate de algumas coisas deixadas de lado. Uma nova visão da vida, com outras tantas possibilidades, algumas já perdidas, mas outras por serem exploradas.e desenvolvidas.
Recuperação da autoestima, já não sedimentada únicamente no trabalho, mas em outros tantos aspectos da pessoa e de suas potencialidades. Poder ser e fazer, diferente.
O estresse provocado pela intensidade de trabalho, pela competitividade extrema na busca de ascensão , do poder e do ganho material leva o organismo a um estado de tensão permanente, vindo a sofrer alterações fisiológicas e patológicas - o adoecimento.
Na maioria dos casos, os compulsivos por trabalho costumam exagerar em muitas coisas. Costumam também comer muito, fumar muito, beber muito. Isto faz com que haja um aumento dos riscos cardiovasculares, podendo vir a desenvolver Hipertensão Arterial, a sofrer um Enfarte, Angina do peito e Morte súbita.
Após o ingresso da mulher no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo, dominado anteriormente pelo homem, além de sofrer toda a tensão exagerada de trabalho, para conseguir ocupar posições iguais as do homem, ou posicões de destaque na sociedade, ela precisa trabalhar ainda mais. Além de acumular outras tarefas, ela costuma se cobrar muito e também se culpar muito.
Está também sujeita aos mesmos riscos de saúde que o homem. Todos os riscos Cardiovasculares, além da Ansiedade e da Depressão.
Primeiramente é necessário que se faça uma distinção entre pessoas que são mais ativas sexualmente, que gostam muito de sexo e com muita frequência. Outros já não têm atividade sexual tão intensa, mas, ainda assim, o sexo, além de dar muito prazer, satisfaz, elimina a tensão sexual!
Já quando se fala de sexo patológico, se fala de um prazer, de uma satisfação que nunca é suficiente, nunca traz o alívio desejado e é preciso buscar sempre mais.
A sexualidade não toma um caminho natural, a pessoa pode vir a sexualizar tudo. Estas pessoas estão privadas de uma satisfação verdadeira e, assim, buscam uma atividade sexual intensa, dando a impressão de um vigor sexual extraordinário.
Costumam contar quantas relações sexuais tiveram, quantas pessoas conseguiram seduzir. Vale a frase que diz: que o mais aparente, esconde o menos verdadeiro.
Acabam por cair na promiscuidade, correndo o risco das DST (doenças sexualmente transmissíveis) e de outros tantos riscos.
Normalmente, uma pessoa que está sexualmente satisfeita, perde o desejo sexual, para voltar a tê-lo algum tempo depois. Já os hipersexuais não conseguem obter a satisfação procurada e repetem atos sexuais ou sexualizados, na busca do prazer e do alívio da ansiedade.
Este estado de insatisfação sexual provoca, nesta pessoa, uma inquietação constante, ansiedade, dificuldades no trabalho e nas relações familiares.
Como não conseguem atingir um prazer verdadeiro, dão muita ênfase ao pré-prazer ( atividades anteriores ao ato sexual), como utilização desedução, acessórios sexuais, recursos sadomasoquistas, utilização de vídeos etc.
Novamente se faz importante observar que o problema não está na utilização de tantos recursos, que vem a ser estimulantes para as fantasias sexuais e o desenrolar da atividade sexual normal, mas sim na fixação no pré-prazer.
SÍNDROME DE DON JUAN - COMPULSÃO À SEDUÇÃO
Don Juan, personagem literário, procurava em todas as mulheres, com as quais se relacionava sexualmente ou não, encontrar sua mãe, mas nunca a encontrava e continuava insistentemente a buscar. Para Don Juan não interessava a pessoa, sua personalidade. Interessava sim, receber as provisões necessárias ao seu narcisismo, para poder manter sua autoestima. Caso sua necessidade de provisão não fosse atendida pela mulher que tentava seduzir, apareciam reações sádicas. Don Juan ainda se encontra preso à sexualidade infantil. Suas atividades sexuais tem por objetivo mostrar seus “sucessos”, para encobrir um sentimento de inferioridade e fracasso.
Logo após conquistar uma mulher, perdia o interesse por ela.. Primeiro, porque foi mais uma que não conseguiu aliviar sua tensão e, segundo, porque precisa provar para si mesmo que consegue conquistar, excitar uma nova mulher, pois ainda existem centenas a serem conquistadas.
VISÃO DA PSICANÁLISE
A Psicanálise entende a atividade sexual exagerada, como uma adição. Nas Adições Sexuais, a sexualidade perde sua função específica, e passa a ser uma defesa, uma proteção, contra estímulos intensos vindos de dentro, e o parceiro(a) sexual passa a ser o mesmo que a droga é na adição. O orgão genital é utilizado para descarregar uma necessidade, que não é genital. Uma necessidade que faz parte do material recalcado que foi rejeitado na infância, daí a necessidade de repetição.
Um comportamento sexual aparente pode estar encobrindo uma ânsia de poder ou de prestígio. Nestes casos é uma regressão à sexualidade infantil. A pessoa precisa de poder, de prestígio, de reconhecimento, como defesas contra a ansiedade que se liga a desejos sexuais infantis.
Existem casos em que a pessoa faz com que a outra pessoa se apaixone, para depois traí-la. É o narcisismo atuando e a pessoa quer provar para si mesma que é capaz de ser amada, mas continuam insatisfeitas e voltam a repetir o ato impulsivo. Seduzem, traem e voltam a seduzir. Costumam ceder aos impulsos, sem inibição. Antes de pensar, atuam.
HIPERSEXUALIDADE FEMININA
Chamada anteriormente de Ninfomania, tem a mesma dinâmica psicológica da Hipersexualidade masculina.
O contato, o relacionamento sexual as excita, mas não satisfaz, daí a necessidade de buscar novos parceiros incessantemente. Gostam de variar de lugares e de tipos de homens.
Assim como na compulsão sexual masculina, também precisam de provisões externas para manutenção da autoestima e tem muito medo de perder amor.
A atitude para com o parceiro é sempre ambivalente, pois acredita que é ele que não lhe dá a satisfação de que precisa. Pode reagir a esta idéia com atitudes sádicas e vingativas. Tanto na Hipersexualidade masculina como na Hipersexualidade feminina, pode haver substituição da atividade sexual com parceiros por uma atividade masturbatória intensa.
São os casos que apresentam alguma inibição e não conseguem tantos contatos sexuais com parceiros. Com a masturbação excessiva , tentam descarregar as tensões genitais, mas não conseguem, pois as tensões não são genitais. Passa, então, a se masturbar cada vez mais, na procura do alívio da tensão. Como o jogador compulsivo que não consegue parar de jogar.
A masturbação excessiva acaba sendo utilizada para obtenção de algum alívio das tensões, ou como punição, ou contra a depressão.
TRATAMENTO DAS COMPULSÕES SEXUAIS
Como os sintomas dão prazer, a psicoterapia tem o significado de perda deste prazer. Aí vai a pergunta: Será que o compulsivo sexual está disposto a abrir mão deste prazer?
São levantadas as seguintes questões:
Se a pessoa não sente nada a este respeito, não quer e não vê motivos para mudar, considera suas atitudes e comportamentos naturais e socialmente aceitos, dificilmente se dará início a um tratamento.
Já no caso em que a pessoa se sente mal e incomodada com o que acontece, o prognóstico é positivo e será dado início ao tratamento.
Indicação: psicoterapia
OS DEPENDENTES DE AMOR
São pessoas em que o amor ou a confirmação de que são amadas é o mesmo que o seu alimento. É o que nutre seu narcisismo e sua autoestima.
Não conseguem retribuir o amor, mas precisam de alguém que as ame intensamente. Parecem demonstrar amor, quando procuram fazer de tudo pelo parceiro(a), mas a intenção final é sempre a mesma, o controle. Sua mente fica voltada exclusivamente para o parceiro(a). O resto do mundo fica em segundo plano.
Temem ser abandonadas. Muitas vezes, aceitam qualquer parceiro, só para não ficarem sós.
Indicação: psicoterapia associada a Grupos de Apoio.