Lilian Senger
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Quando a ANSIEDADE se torna constante e chega a um nível alto, acaba por ter domínio físico
além do emocional.
A pessoa vive cansada, irritada, com dores generalizadas ( como dores de cabeça, de estômago,
tonturas, etc.).
Veja também ANSIEDADE e PÂNICO.
Saiba mais: O conceito de ESTRESSE tanto pode ser aplicado à área clínica, como a área social
e a área do trabalho.
O termo stress vem da Física, e se refere ao grau de deformidade que uma estrutura sofre
quando submetida a esforço e pressão.
Hans Selye (1936), cientista da Universidade de Montreal Canadá, utilizou o termo stress
para denominar um conjunto de reações que um organismo desenvolve, ao ser submetido
a uma situação que exige esforço de adaptação.
Desenvolve então, o conceito de SÍNDROME GERAL DE ADAPTAÇÃO (S.G.A),
que apresenta três fases:
1) FASE DE ALARME: é o ESTRESSE AGUDO.
Prepara o organismo para a luta ou para a fuga diante de situações intensas que precipitam
medo, dor ou raiva.
Ocorrem reações neuro hormonais no organismo causando alterações como: aumento dos
batimentos cardíacos e da pressão arterial; as glândulas endócrinas liberam hormônios como
a adrenalina e noradrenalina; ocorre palidez ( o sangue precisa ser direcionado ao cérebro e
aos músculos estriados para a fuga); dilatação das pupilas para melhorar a visão.
2) FASE DE RESISTÊNCIA: desaparecem as manifestações agudas e aparecem sintomas como:
insônia, ansiedade, dores musculares, depressão, gastrite, úlcera, asma, diminuição do desejo
sexual, doenças de pele etc... é a CRONICIDADE.
3) FASE DE EXAUSTÃO: o estresse se mantém e o mecanismo de adaptação falha.
Volta à FASE DE ALARME , levando o organismo à exaustão e seu colapso.
Hans Selye observou que muitos doentes apresentavam sintomas semelhantes
independentemente de sua doença específica,
tais como:
dores generalizadas pelo corpo, dores nas articulações, distúrbios gastrointestinais
( diarréia ou prisão de ventre),
perda de apetite e de peso, e que pessoas saudáveis quando sob influência de longo período
de tensão, apresentavam sintomas semelhantes aos descritos acima.
Após o reconhecimento do papel do ESTRESSE no desenvolvimento de doenças, chegou-se a
uma visão mais global do paciente:
a importância da associação MENTE/CORPO.
As colocações relativas a S.G.A ( SÍNDROME GERAL DE ADAPTAÇÃO) são mais fácilmente
comprovadas em doenças onde se observa
um esforço de adaptação maior do organismo como:
Gastrites, úlceras
Hemorróidas
Alterações da pressão arterial
Artrites reumatóides
Doenças renais
Problemas de pele
Dificuldades emocionais
Alterações metabólicas
Disfunções sexuais
Alergias, infecções.
VISÃO BIOPSICOSSOCIAL DO ESTRESSE
Rodrigues (1997) define ESTRESSE como “ uma relação particular entre uma pessoa, seu ambiente
e as circunstâncias às quais está submetida, que é avaliada pela pessoa como uma ameaça, ou algo
que exige dela mais que suas próprias habilidades ou recursos,
e que põe em perigo o seu bem estar.”
Rodrigues considera os estímulos estressores provenientes tanto do meio externo ( como frio e
calor excessivos, meio insalubre, barulho, poluição, trabalho exaustivo, execução de múltiplas
tarefas), quanto do meio interno (pensamentos, idéias, desejos, imagens, emoções como medo,
tristeza,alegria, angústia, espanto).
O autor distingue o EUSTRESS como sendo positivo. Como forma de preparar a pessoa para se
adaptar as mudanças das diferentes fases da vida e situações. Possibilita a pessoa, a ser criativa
e produtiva em suas respostas adaptativas.
Gera bem estar.
E o DISTRESS quando o organismo responde de forma inadequada à situação, ou então se paraliza.
QUAL A FUNÇÃO DO ESTRESSE ?
Como já visto anteriormente o ESTRESSE pode ser necessário no nosso dia a dia, em várias situações
que precisamos enfrentar e que implicam em mudanças e adaptações constantes, como por
exemplo nas pressões do trabalho, na preocupação com os filhos,
o trânsito caótico, a dona de casa que executa várias tarefas ao mesmo tempo, a violência urbana e a
criminalidade nos grandes centros, o uso da agressividade para competir, para vencer na vida, etc...
Todos estes fatores podem disparar no organismo uma série de reações do SISTEMA NERVOSO,
do SISTEMA ENDÓCRINO e do
SISTEMA IMUNOLÓGICO.
Podemos dizer que existe um ESTRESSE que é considerado normal ou temporário.
É necessário que o organismo se adapte ao meio ambiente, ou que possa reagir as situações de perigo.
Por exemplo: uma situação que exija uma reação rápida como fugir do ataque de um cão feroz, desviar
de um obstáculo que surge na rua, sofrer um assalto.
E quando estamos numa situação em que não podemos reagir?
Quando nos sentimos presos, paralizados, impotentes. Não podemos lutar, nem fugir.
Nestes casos, o ESTRESSE pode se tornar persistente, crônico, levando ao adoecimento.
Aparecem sintomas físicos e emocionais como: tensão e dores musculares, insônia, problemas
digestivos, gastrite, úlcera, asma, doenças de pele, disfunções genitourinárias, diminuição da
libido ( do desejo sexual ) , irritabilidade, ansiedade e depressão.
VISÃO PSICANALÍTICA DO ESTRESSE
De acordo com a Escola Psicossomática de Paris(EPP), que tem como base a Psicanálise,
o adoecimento apresenta um aspecto subjetivo muito importante, e é este aspecto que é valorizado
pela Psicanálise.
Por que certas pessoas são mais propensas ao adoecimento do que outras, mesmo que tenham a mesma
condição de vida e história familiar?
Foi verificado através do acompanhamento de vários casos, que algumas pessoas apresentam uma
resistência maior com relação à somatizações. Apresentam uma estrutura mental mais bem aparelhada,
embora não estejam imunes às doenças.
De acordo com Freud, certos sintomas físicos se manifestam através de uma angústia difusa, que
acaba resultando em dores de cabeça, vertigens, problemas respiratórios e cardiológicos.
Ao nascer, o bebê começa a receber inúmeros estímulos, tanto internos, como externos. A mãe é a
proteção do bebê com relação a estes estímulos e aos poucos ele vai podendo representar e mais tarde
, nomear tais estímulos. É desta importanterelação mãe-filho, entendendo e acolhendo as necessidades
do bebê e dando respostas adequadas, que será possível o estabelecimento da integridade e saúde
mental da criança. Ela aprende a se defender e a se proteger dos estímulos. Observa-se a importância
da capacidade de mentalização da criança no transcorrer do desenvolvimento de suas defesas.
Caso estas defesas não sejam suficientes, são as pulsões que respondem de uma forma arcaica quanto
ao funcionamento, ou seja, com o corpo.
O que é comum a todos os casos em que o ESTRESSE desencadeia uma doença, é o estado
emocional/mental da pessoa, sua personalidade.
Toda situação de Estresse ou evento estressor pode desencadear uma doença?
Não. O Estresse sózinho não é suficiente para desencadear uma doença ou provocar uma disfunção
significativa.
É necessário a existência de algumas condições atuando conjuntamente com a situação de
estresse. São elas:
O que é preciso entender, é que além do mecanismo fisiológico e patológico que o Estresse deflagra,
também participam conjuntamente com este processo, a personalidade da pessoa, eventos traumáticos
sofridos e tensão social.
Atualmente, a vida agitada dos grandes centros urbanos, o trânsito caótico, poluição, barulho, ritmo
acelerado de trabalho,
a luta do dia a dia pela sobrevivência, competição, consumismo, realização de várias tarefas ao mesmo
tempo, a busca de maiores ganhos materiais, de realização pessoal e profissional, violência, criminalidade,
levam qualquer pessoa a viver quase que em situação de ESTRESSE PERMANENTE. Isto acaba por deflagar
reações do Sistema Nervoso, do Sistema Endócrino e do Sistema Imunológico.
A ansiedade aumenta, e surgem as respostas emocionais: irritabilidade, agressividade, mau humor, cansaço,
desânimo, desatenção, falta de energia e depressão.
Costuma-se dizer que a ANSIEDADE é o componente emocional do Estresse, e que cada pessoa vai reagir
de uma forma diferente
a uma mesma situação de Estresse, de acordo com sua vulnerabilidade ou fragilidade biológica, personalidade,
e como percebe a realidade a sua volta ( seu meio ambiente ), como já descrito anteriormente.
Algumas pessoas podem lidar com mais tranquilidade com relação a uma situação de Estresse, já outras,
entram em estado de ansiedade e desequilíbrio emocional.
Além do Sistema Nervoso e Endócrino, a Ansiedade ataca o Sistema Imunológico, derrubando as defesas
do organismo e consequentemente sua capacidade de resistência, tornando-se mais suscetível à infecções.
A COMBINAÇÃO DO ESTRESSE COM A PERSONALIDADE TIPO A
A Personalidade Tipo A duplica o risco de uma pessoa vir a sofrer um enfarte.
Descrita por Ray Rosenman e Meyer Friedman (1959). Os autores descrevem algumas características desta pessoa como: tensa, em constante estado de alerta, extremamente competitiva,e perfeccionista.
Está sempre preocupada com o relógio, pois não pode perder tempo. Agitada, fala muito, rápidamente e alto. Costuma abusar da comida e álcool. Não suporta esperar, irrita-se nos engarrafamentos, em filas, até mesmo a do cinema. Dirige de forma agressiva. É intolerante, não aceita erros e reage às frustrações com hostilidade e agressividade.
Suas realizações e sucessos são medidos através de números: Quantas partidas ganhou, quantas pessoas convenceu, quantas mulheres seduziu, quantas vezes viajou,quantos imóveis possui etc...
Tem dificuldade para relaxar, mesmo estando passeando ou em férias. E quando relaxa sente-se culpada.
Procura sempre demonstrar auto confiança, que acaba encobrindo suas companheiras constantes: a insegurança, a hostilidade e a solidão.
A Personalidade Tipo A pode ser característica tanto de homens , como de mulheres e independe do nível social e econômico.
Este tipo de personalidade sugere que a pessoa tenha sofrido dificuldades na infância e no relacionamento com os pais, o que acaba conduzindo a busca de compensações constantes.Ver também: Compulsão ao Trabalho. Necessidade intensa de reconhecimento, de poder, de ganhos materiais.
A ameaça de enfarte também pode ocorrer com pessoas saudáveis, quando vivem uma situação de grande impacto emocional como: a perda de um ente querido, assalto, sequestro, uma festa surpresa, ganhar na loteria, um jogo de futebol etc...isto porque o Estresse aumenta o nível de colesterol na corrente sanguinea, levando a formação de placas, estreitando as artérias e podendo formar coágulos. Ocorre também o aumento da pressão arterial, dos hormônios adrenalina, noradrenalina, cortisol.
A SÍNDROME DO CORAÇÃO PARTIDO
Sustos, ataques de ódio e de raiva, desilusão amorosa, separação traumática, a perda de uma pessoa querida, assaltos, podem desencadear sintomas semelhantes aos de um enfarte, mas não é um enfarte.
Ocorre diminuição do fluxo sanguineo para o coração, pois há um aumento dos hormônios ligados ao Estresse. Aparecem sintomas como dor no peito, náuseas, vômitos.
Devidamente tratada, a pessoa volta a seu estado normal em alguns dias.
ESTRESSE E TRABALHO
Um dos fatores determinantes de doenças, é o desgaste que as pessoas sofrem no trabalho, nas relações profissionais e no ambiente de trabalho.
O que pode comprometer o desempenho profissional e causar doenças?
Começam a aparecer alguns sintomas como: insônia, irritabilidade, perda do desejo sexual, dores musculares, dor de cabeça, queda de motivação, perda de memória, dor de estômago, problemas gastrointestinais, ansiedade, depressão.
Os sintomas podem ir se agravando, até que se estabelecem doenças.
ESTRESSE, PROFISSÕES, E O USO DE DROGAS
O nível de estresse a que são submetidos determinados profissionais, pode facilitar o uso de algumas drogas.
Pesquisas indicam que em algumas profissões ocorre maior incidência de uso e abuso de algumas drogas, levando à dependência.
Advogado: álcool e anfetaminas
Publicitário: álcool e cocaína
Médicos e enfermeiros: opiáceos e sedativos
Jornalista: álcool e cocaína
Profissional da bolsa de valores: álcool, cocaína e anfetaminas
Motorista de ônibus e caminhão: álcool e anfetaminas
O nível de estresse, a necessidade de se manter acordado, ou de dormir em turnos, pode levar alguns profissionais ao uso excessivo de drogas, consequentemente à perda de emprego ou ao adoecimento.
CONCEITO DE BURNOUT
Desenvolvido na década de 1970 por Cristina Maslach e Herbert J. Freudenberger.
Significa o preço que o profissional paga para atingir uma grande realização profissional, ou por sua dedicação ao cuidar de outras pessoas e se deparar com grandes e constantes obstáculos. O nível de expectativa é oposto a realidade com que a pessoa lida, e conduz à:
O Burnout é um estado que vai se instalando gradativamente e destruindo a relação do indivíduo com sua atividade profissional, provocando mal estar, fadiga, esgotamento e comprometimento emocional e físico. O trabalho acaba por ser só fonte de insatisfação e sofrimento.
Observa-se este estado em muitos professores e profissionais de saúde da rede pública.
QUAIS SÃO AS POSSIBILIDADES DO ESTRESSE LEVAR UMA PESSOA À ADOECER?
Vai depender de uma série de fatores: Rodrigues(1997)
Os vários sintomas e as doenças desencadeadas pelo Estresse, são as formas que o Psiquismo encontrou de dizer: “Pare!”, “Olhe-se!” É o momento da pessoa estabelecer limites à sua vida, às suas exigências excessivas e as de outras pessoas à sua volta. Se não consegue estabelecer estes limites, se torna presa fácil do Estresse.
Pessoas que precisam ser Super em tudo. Super homens, Super mulheres, Super mãe, Superprofissionais, Super donas de casa, Super competentes. Submetem-se a um nível de tensão alto, assumem uma infinidade de tarefas, que muitas vezes é impossível cumprir, até que seu corpo reage e responde - A pessoa somatiza e adoece.
É muito importante que a pessoa procure identificar, qual era seu estado emocional anterior ao acontecimento que provocou o aumento do Estresse, ou o desenvolvimento de alguma doença. Por exemplo:
TRATAMENTO DO ESTRESSE
Quando o estresse chega a um nível alto e permanente, indica claramente a necessidade da pessoa modificar sua vida. A forma de pensar sua vida e de vivê-la.
Implica em mudanças de valores, de comportamentos, busca de novas motivações
e enfrentamento de situações.
Novas atitudes no se perceber, e perceber a vida.
Claro é, que vivemos em situação de estresse permanente nos grandes centros urbanos e difícilmente nos livraremos dele. Então o que fazer?
A pessoa constantemente estressada, é aquela que perdeu a condução de sua própria vida e se deixou levar por uma infinidade de atribuições externas:
tem sempre inúmeras tarefas à fazer, horários à cumprir, coisas por adquirir, detalhes por observar, posições à ocupar, maiores ganhos à conquistar, conhecimentos por absorver, e esqueceu-se da razão de seu próprio existir. Dedicou-se ávidamente ao mundo externo e deixou de se perceber.
A Psicoterapia vai buscar resgatar a pessoa envolvida num emaranhado de“coisas” e trazê-la de volta para si mesma.
Tem por objetivo não só compreender, como promover modificações no pensamento, no comportamento, na busca de uma nova visão e sentido de vida.
É importante também modificações no estilo de vida, como a prática de esportes, ou qualquer atividade física que mais motive. Caminhar, andar de bicicleta, correr, nadar,andar de patins, fazer musculação etc...
A alimentação é outro item importante. Preferir uma alimentação não gordurosa, com mais carnes brancas, com muitas frutas, legumes e verduras.
Está também muito bem indicada a prática da meditação, do relaxamento. No início parece difícil e quase impossível, mas aos poucos resulta em mais qualidade de vida.
Família, férias, descanso, lazer, devem começar a fazer parte da agenda.
Caso não se tome nenhuma providência, pode ocorrer o desenvolvimento de uma nova doença seguindo um padrão repetitivo.
Daí a importância de um acompanhamento psicoterápico.
Para mais informações, entre em contato direto: 99942 0888
Fontes consultadas: Fenichel, Otto; Rodrigues;